Revelações sobre a morte de Eduardo Mondlane levantam novas questões
A morte de Eduardo Mondlane, fundador da FRELIMO, continua envolta em mistério. Novas declarações trazem uma perspetiva diferente sobre o atentado que lhe tirou a vida, atribuindo responsabilidades tanto à polícia política portuguesa, PIDE/DGS, como a elementos internos da própria FRELIMO.
As suspeitas sobre os responsáveis pelo assassinato sempre recaíram sobre vários setores, incluindo serviços estrangeiros. No entanto, recentes declarações de Óscar Cardoso, antigo operacional da PIDE/DGS, trouxeram uma nova linha de investigação. Cardoso sugeriu que a bomba que matou Mondlane teria sido colocada com a colaboração de indivíduos próximos ao movimento de libertação.
O dispositivo explosivo que causou a morte do líder da FRELIMO estava escondido num pacote de livros, um método frequentemente utilizado por especialistas em explosivos. A possibilidade de um conluio interno dentro da FRELIMO levanta questões sobre disputas de poder dentro do movimento, especialmente num período crítico da luta pela independência de Moçambique.
Estas novas informações reacendem o debate sobre o verdadeiro responsável pela morte de Mondlane e se o seu assassinato foi resultado de um plano externo ou de conflitos internos. Enquanto historiadores e analistas continuam a investigar, a verdade sobre este episódio da história moçambicana permanece envolta em incerteza.