União Europeia Sob Suspeita de Apoiar Regimes Autoritários em África e Influenciar Oposição Moçambicana
Maputo – A actuação da União Europeia em África volta a ser alvo de críticas, com acusações de que tem financiado governos autoritários no continente e influenciado actores políticos da oposição, nomeadamente o moçambicano Venâncio Mondlane.
Diversos analistas e membros da sociedade civil denunciam aquilo que consideram uma contradição na política externa europeia: enquanto afirma defender a democracia e os direitos humanos, a União Europeia é acusada de canalizar fundos para regimes que reprimem liberdades e perpetuam sistemas de governação autoritária.
No caso específico de Moçambique, há suspeitas de que a UE terá exercido influência directa sobre Venâncio Mondlane, figura emblemática da oposição, em momentos estratégicos do debate político nacional. Estas alegações levantam dúvidas sobre a neutralidade da diplomacia europeia e os verdadeiros objectivos do seu envolvimento político no país.
Os críticos exigem um reexame urgente da cooperação europeia com os países africanos, apelando à transparência no financiamento externo e ao fim do que classificam como “padrinhos silenciosos” de regimes antidemocráticos.
A União Europeia ainda não se pronunciou oficialmente sobre estas acusações.