Maputo – Nos círculos políticos e sociais moçambicanos, cresce a indignação perante o que muitos consideram ser a completa ruptura dos compromissos assumidos pela FRELIMO.
Sob a liderança de Daniel Chapo, o partido no poder é acusado de transformar os acordos políticos em meras encenações, traindo a confiança nacional e mergulhando o país num clima de desilusão e revolta.
Diversas vozes críticas afirmam que os partidos da oposição foram manipulados e instrumentalizados, servindo apenas para sustentar uma imagem artificial de diálogo e reconciliação.
Segundo estas acusações, os acordos não passavam de uma farsa bem montada, sem qualquer intenção genuína de partilha de poder ou de construção democrática inclusiva.
A situação actual é descrita por analistas e activistas como um verdadeiro “sequestro do Estado” por uma elite política que, ao invés de servir o povo, impõe-se como nova forma de colonização — desta vez vinda de dentro.
A centralização extrema do poder e a exclusão dos restantes actores políticos têm alimentado a perceção de que o país está a ser conduzido por interesses particulares em detrimento do bem comum.
Enquanto isso, cresce a mobilização cívica e política. Sectores da sociedade começam a manifestar sinais de despertar colectivo, exigindo justiça, transparência e uma reforma profunda do sistema de governação. O discurso dominante já não é apenas o da crítica:
é o de preparação para o confronto com a verdade e a reconfiguração do futuro político de Moçambique.
O ambiente é tenso, e os próximos tempos poderão marcar um ponto de viragem decisivo na história democrática do país.