FRELIMO ADMITE MANTER-SE NO PODER MESMO SEM VITÓRIA ELEITORAL
Maputo — Declarações recentes atribuídas a membros influentes da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) estão a gerar forte polémica no país. Segundo relatos, o partido no poder terá afirmado a sua intenção de continuar a governar mesmo em caso de derrota nas urnas, levantando sérias preocupações sobre o futuro da democracia moçambicana.
Fontes próximas da formação política indicam que existe uma proposta interna para eliminar o actual sistema de votação, o que, a concretizar-se, poderá comprometer os princípios fundamentais do Estado de Direito democrático.
Analistas e membros da sociedade civil receiam que tais declarações revelem uma postura de resistência à alternância democrática, sinalizando um possível enfraquecimento das instituições eleitorais e uma ameaça ao processo democrático no país.
A Comissão Nacional de Eleições ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas várias organizações de defesa dos direitos democráticos já exigiram esclarecimentos e apelaram ao respeito pela vontade popular expressa nas urnas.