Maputo – O ambiente político em Moçambique ficou marcado por um protesto simbólico esta terça-feira, depois de membros do partido Podemos terem queimado bandeiras e camisolas da organização. O ato surge na sequência da saída de Venâncio Mondlane, ex-candidato do partido, que anunciou o rompimento com a formação política.
A decisão de Mondlane foi motivada, segundo as suas declarações, por uma alegada traição à vontade popular por parte do presidente do partido, Albino Forquilha. De acordo com apoiantes do político, Forquilha terá tomado decisões que não refletem os interesses da base, gerando revolta entre os militantes.
O protesto, que incluiu a queima de materiais alusivos ao partido, representa um sinal claro de insatisfação interna e levanta dúvidas sobre o futuro da organização política. Alguns analistas apontam que esta crise pode fragilizar ainda mais o Podemos, um partido que tentou afirmar-se no cenário político nacional.
Até ao momento, Albino Forquilha não se pronunciou oficialmente sobre as acusações e os recentes protestos. No entanto, fontes internas indicam que a direção do partido poderá reunir-se nos próximos dias para debater a situação e avaliar os próximos passos.
Este episódio reflete as crescentes tensões dentro da política moçambicana, onde disputas internas e desentendimentos estratégicos têm levado a rachas em várias formações partidária.