Venâncio Mondlane, candidato presidencial que tem contestado os resultados das eleições de 9 de outubro, admite agora integrar o Conselho de Estado no governo liderado pelo seu adversário, Daniel Chapo.
Em entrevista à TV Sucesso, Mondlane afirmou que não se opõe a ocupar um lugar no órgão, mas impõe condições para aceitar o cargo. Entre as suas exigências, destaca-se a redução do custo de vida e a indemnização das famílias afetadas pelos protestos violentos que eclodiram na sequência da validação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional.
Além disso, o político apelou ao fim da perseguição a cidadãos com opiniões divergentes das da FRELIMO, partido no poder desde a independência do país, em 1975.
Segundo os resultados oficiais, Mondlane foi o segundo candidato mais votado nas eleições gerais. No entanto, continua a reivindicar vitória sobre Daniel Chapo, o que levou a uma série de manifestações em diferentes regiões de Moçambique.