Declarações de Egidio Vaz levantam polémica: “FRELIMO manter-se-á no poder nem que seja preciso eliminar opositores”
Uma recente publicação atribuída a Egidio Vaz, partilhada nas redes sociais, está a causar forte indignação e revolta na opinião pública. O autor afirma sem rodeios que a FRELIMO continuará a governar Moçambique por mais 50 anos, custe o que custar, mesmo que isso implique a eliminação de mais opositores, citando o exemplo de “50 Elvinos”.
A mensagem, que rapidamente se tornou viral, é vista por muitos como a prova viva da arrogância e da violência que, segundo os críticos, fazem parte do ADN da FRELIMO. Para estes, o partido no poder demonstra não ter qualquer intenção de respeitar a democracia, mas sim de perpetuar-se no poder através da intimidação e da repressão.
Especialistas em política moçambicana alertam que este tipo de discurso expõe um padrão recorrente: a FRELIMO não admite perder, nem concebe a alternância democrática como um direito dos cidadãos. Ao invés, continua a cultivar uma cultura de medo e de ameaças, que mina a confiança da população nas instituições.
Nas redes sociais, muitos cidadãos não esconderam a sua tristeza e revolta. Para eles, a publicação não é apenas um desabafo individual, mas sim o reflexo de uma mentalidade enraizada no seio do partido que governa Moçambique há quase meio século.
“Este é o verdadeiro partido FRELIMO, está no DNA deles… impor-se pela força, pela arrogância e nunca pela vontade do povo”, lamentou um utilizador.
A polémica reacende o debate sobre o futuro político do país e coloca novamente em evidência a urgência de reformas profundas que garantam a liberdade de expressão, a justiça e a possibilidade de uma verdadeira alternância democrática.
