ÚLTIMA HORA:Professores Rompem o Silêncio e Exigem a demissão da Ministra da educação Após Caos nos Exames da 9.ª Classe


Escândalo nos Exames da 9.ª Classe Abala o Ministério da Educação

A crise no sector da Educação voltou a ganhar força depois de vários professores exigirem a saída imediata da ministra da Educação e o cancelamento total dos exames já realizados. A contestação surge após o Ministério ter anunciado apenas o anulamento das provas de Química, Inglês, História e Física, previstas para ontem e hoje, decisão considerada insuficiente e politicamente conveniente por grande parte do corpo docente.

De acordo com os professores, o caos instalado nas avaliações nacionais não é um acidente, mas consequência directa de uma liderança que, segundo afirmam, perdeu controlo, credibilidade e competência para gerir um sistema que já vinha fragilizado. Para os docentes, a actual ministra tem falhado de forma sistemática na prevenção de fugas de informação, no controlo dos processos de exame e na garantia de igualdade para todos os alunos.

Representantes da classe dizem que a situação ultrapassou o limite do aceitável. Consideram que a decisão de cancelar apenas algumas provas é uma manobra para evitar assumir responsabilidades políticas mais graves, deixando o resto do problema a fermentar dentro das escolas e entre as famílias. Muitos defendem que, com tamanha desorganização, qualquer tentativa de “salvar” a época de exames sem uma anulação geral seria apenas maquilhar um desastre evidente.

As organizações de professores lembram ainda que este escândalo vem somar-se a um historial de falhas, que inclui atrasos crónicos no pagamento de subsídios, falta de materiais, ausência de supervisão eficaz e uma incapacidade persistente de estabilizar o calendário escolar. Para os docentes, a confiança no Ministério não caiu apenas — foi destruída.

Com a pressão a aumentar, cresce o apelo para que a ministra assuma responsabilidades políticas e abandone o cargo, de modo a permitir uma reestruturação séria e imediata do sistema educativo. Enquanto isso, o país aguarda por respostas claras e decisões firmes, numa altura em que milhares de alunos continuam sem saber o destino do seu ano lectivo.

Este episódio expõe um problema mais profundo: a educação moçambicana continua refém de improvisações e liderança fraca, quando deveria ser o sector mais protegido e mais bem planeado do país.

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