A portagem de Maputo, um dos principais pontos de arrecadação de receitas para a manutenção das infraestruturas rodoviárias na região, está atualmente fora do contrato original firmado com a concessionária TRAC (Trans African Concessions). Este marco ocorre num momento em que a portagem atinge 28 anos de existência, tendo sido implementada durante o governo do antigo Presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano.
A infraestrutura foi criada com o objetivo de garantir a sustentabilidade financeira da Estrada Nacional Número Um (EN1) e de outras vias estratégicas, promovendo a manutenção contínua das rodovias e facilitando a mobilidade entre as diferentes regiões do país. No entanto, com o fim do período estipulado no contrato inicial, levanta-se agora um debate sobre a necessidade de uma nova concessão ou uma possível reformulação da gestão da portagem.
Os utilizadores da via expressam opiniões divergentes sobre o impacto da portagem ao longo dos anos. Enquanto alguns reconhecem a sua importância para a manutenção das estradas e a segurança viária, outros questionam a necessidade da sua continuidade sem uma clara prestação de contas sobre os fundos arrecadados e a sua aplicação na melhoria das infraestruturas rodoviárias.
As autoridades moçambicanas deverão pronunciar-se nos próximos tempos sobre o futuro da portagem, esclarecendo se haverá uma extensão do contrato com a TRAC ou se novas medidas serão adotadas para garantir a sustentabilidade da rede rodoviária.