Última Hora:Militar Ferido em Manifestações Acusa Regime de Abandono e Clama por Apoio


Militar ferido em manifestações denuncia abandono do Governo e pede apoio médico

Um militar das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), baleado durante as manifestações pós-eleitorais realizadas a 23 de dezembro, afirmou sentir-se abandonado pelo Governo e pela instituição que representa. As manifestações foram convocadas por Venâncio Mondlane, tendo resultado em várias vítimas, incluindo feridos e mortos.

O militar, identificado como Pascoal Pedro, relatou que, no dia do incidente, a sua esposa foi informada sobre o ocorrido, mas não recebeu detalhes claros sobre o seu estado de saúde. "Ela não sabia se eu estava vivo ou morto", explicou. A situação tornou-se ainda mais difícil devido ao bloqueio de estradas, que complicou o acesso da família aos hospitais de Maputo.

Após ser atingido, Pascoal Pedro foi inicialmente levado ao Hospital Militar, onde não recebeu o tratamento adequado devido à ausência de um cirurgião. Mais tarde, foi transferido para o Hospital Central de Maputo (HCM), que se encontrava sobrelotado devido ao elevado número de feridos naquele dia.

Em declarações, o militar expressou o seu descontentamento com a falta de apoio por parte da instituição militar. "Um dos meus superiores chegou a dizer que fui baleado porque estava nas manifestações, o que não corresponde à verdade", desabafou. Atualmente, enfrenta dificuldades no processo de recuperação e necessita de muletas, mas afirma que não recebeu qualquer assistência para as adquirir.

A esposa do militar também partilhou o seu sofrimento, destacando o impacto emocional da situação e a falta de respostas imediatas por parte das autoridades. A família apelou por apoio urgente para garantir a recuperação de Pascoal Pedro, denunciando o que consideram ser negligência por parte das entidades competentes.


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