O presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, denunciou publicamente que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão promovendo uma verdadeira "caça ao homem" contra membros da oposição e ativistas. Segundo Araújo, essa suposta perseguição teria motivações políticas e estaria colocando em risco a liberdade de expressão e os direitos fundamentais dos cidadãos.
Em declarações à imprensa, o edil afirmou que há um aumento significativo de detenções arbitrárias e intimidações direcionadas a figuras ligadas à oposição. "Estamos a viver um ambiente de repressão, onde qualquer pessoa que tenha uma visão contrária ao governo é tratada como inimiga do Estado", denunciou.
As acusações de Araújo surgem em um contexto de crescente tensão política no país, com relatos de ações das forças de segurança contra manifestantes e opositores. Organizações da sociedade civil e defensores dos direitos humanos já manifestaram preocupação com o que consideram ser uma escalada de repressão.
O governo, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre as declarações do edil de Quelimane. No entanto, fontes ligadas às autoridades de segurança negam qualquer tipo de perseguição política e afirmam que as ações das FDS têm como objetivo garantir a ordem pública e combater possíveis ameaças à estabilidade nacional.
A denúncia de Manuel de Araújo reacende o debate sobre a atuação das forças de segurança em Moçambique e levanta questionamentos sobre o espaço democrático no país. Especialistas alertam que a perseguição a opositores pode comprometer a credibilidade do sistema político e aprofundar as divisões sociais.
A expectativa agora é sobre como as autoridades responderão às acusações e se haverá alguma investigação independente para apurar os supostos abusos cometidos. Enquanto isso, a oposição e organizações de direitos humanos seguem cobrando maior transparência e respeito às liberdades individuais.