O analista e comentador político Augusto Pelembé revelou recentemente que a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) tem participação acionista em várias empresas do país, incluindo a Dugongo, a Movitel e a TMT. Segundo Pelembé, essa influência é exercida por meio da SPI – Gestão e Investimentos, uma sociedade empresarial ligada ao partido no poder.
As declarações de Pelembé reacendem o debate sobre a relação entre o setor empresarial e a política em Moçambique, com críticos a alertarem para possíveis conflitos de interesse. A Dugongo, por exemplo, é uma empresa que atua na indústria cimenteira e tem forte presença no mercado nacional. Já a Movitel, operadora de telecomunicações, é uma das principais concorrentes da Vodacom e da Tmcel, oferecendo serviços de telefonia móvel e internet. A TMT, por sua vez, opera na área de tecnologia e infraestrutura de comunicações.
A SPI – Gestão e Investimentos é frequentemente apontada como um dos braços financeiros da Frelimo, gerindo investimentos em diversos setores estratégicos da economia moçambicana. Para alguns analistas, essa ligação entre política e negócios pode criar um ambiente de concorrência desleal, favorecendo empresas associadas ao partido no poder.
Até ao momento, a Frelimo não se pronunciou oficialmente sobre as declarações de Pelembé, mas o tema continua a gerar discussões no espaço público, especialmente entre economistas e especialistas em governação.
#Fonte: Olhar Dia a Dia