Paul Kagame recusa silêncio perante tensões com a RDC

 





Na mais recente Cimeira Conjunta da Comunidade da África Oriental (EAC) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, manifestou-se firmemente contra as acusações da República Democrática do Congo (RDC) e rejeitou qualquer tentativa de silenciá-lo face à crise de segurança na região.

"A RDC não pode simplesmente dizer-nos para ficarmos calados quando estão a criar um problema de segurança contra o nosso país. Ninguém nos pode mandar calar," declarou Kagame, sublinhando que há muito tempo o Ruanda tem alertado os líderes congoleses sobre a situação, sem que houvesse uma resposta eficaz.

O chefe de Estado ruandês criticou a falta de progresso nas negociações anteriores e rejeitou a ideia de mais reuniões sem soluções concretas. "Não vamos ter apenas outra reunião como as muitas que tivemos. Não podemos continuar indefinidamente com conversas inconclusivas. O que está a acontecer é uma guerra étnica que tem sido preparada há muito tempo, negando os direitos das pessoas e atacando o Ruanda," afirmou.

Kagame responsabilizou a RDC pelo conflito, afirmando que o Ruanda não pode aceitar ser culpado por uma guerra iniciada pelo país vizinho. "Esta guerra foi iniciada pela RDC, não pelo Ruanda. Mas agora querem colocar o fardo sobre nós e dizer-nos para o assumirmos. Isso é inaceitável."

Por fim, apelou a que a cimeira servisse para abordar seriamente a crise e encontrar uma solução duradoura. "Devemos reconhecer os direitos das pessoas, dar um passo em frente e resolver o problema de forma definitiva,"concluiu.


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