Moçambique continua a figurar entre as nações com os níveis mais elevados de corrupção a nível global, registando uma taxa preocupante de 77%, segundo os mais recentes relatórios sobre transparência e governação.
Apesar dos esforços anunciados para combater este problema, o país não tem apresentado avanços significativos na luta contra a corrupção, mantendo-se num patamar crítico. A elevada percentagem reflete a percepção dos cidadãos sobre a existência de práticas ilícitas em diversos setores, incluindo a administração pública, a justiça e a economia.
Nos últimos anos, escândalos financeiros e casos de desvio de fundos públicos têm sido recorrentes, contribuindo para a desconfiança generalizada da população nas instituições governamentais.
Organizações internacionais de monitorização da transparência alertam para a necessidade de medidas mais rigorosas e eficazes para travar este fenómeno, que compromete o desenvolvimento socioeconómico do país.
Especialistas apontam que a falta de responsabilização dos envolvidos e a impunidade são fatores determinantes para a persistência da corrupção em Moçambique.
Enquanto não forem implementadas reformas estruturais e um sistema judicial mais independente, a perceção negativa sobre a corrupção deverá permanecer elevada.
A comunidade internacional e organizações da sociedade civil continuam a pressionar o governo moçambicano para reforçar a transparência, melhorar a gestão pública e garantir que os culpados sejam efetivamente punidos. Entretanto, para os cidadãos comuns, a luta contra a corrupção ainda parece um desafio distante de ser vencido.