Durante declarações recentes, o empresário Machado, conhecido por possuir uma das maiores plantações de tomates de Moçambique — que distribui gratuitamente à população —, não poupou críticas ao modelo eleitoral utilizado nas recentes eleições da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA). Segundo afirmou, o processo foi marcado por indícios de compra de votos, lançando sérias dúvidas sobre a legitimidade do resultado.
Figura conhecida pela sua frontalidade e defesa da integridade institucional, Machado expressou preocupação com as implicações reputacionais de um alegado processo fraudulento. Na sua intervenção, transmitida pela STV, questionou o impacto que tal eleição pode ter na credibilidade do presidente eleito da CTA, especialmente nas suas futuras interacções com o Governo e outras entidades públicas.
"Que tipo de respeito poderá granjear o presidente da CTA junto do Executivo, se a sua eleição estiver envolta em suspeitas de fraude?", interrogou. Para Machado, tal cenário comprometeria a imagem da CTA, particularmente em eventos oficiais onde o seu presidente partilhará painéis com figuras eleitas de forma transparente, como o Chefe do Governo ou o Presidente do Município de Maputo.
O empresário beirense sugeriu ainda que a situação pode vir a manchar a história democrática moçambicana, uma vez que seria a primeira vez que uma organização de relevo como a CTA teria à frente um presidente alegadamente eleito de forma irregular. “Isso não fica nada bem para a CTA”, sublinhou.
Em tom crítico, terminou com uma provocação dirigida ao presidente da CTA, Vuma: “Talvez devesse ouvir o que Machado tem a dizer... Resta saber se teria coragem para isso.”
Fonte: Dinis tivane