Líderes da FRELIMO e União Europeia distanciam-se de Daniel Chapo devido a alegada arrogância
Maputo — Várias fontes próximas ao seio da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e representantes da União Europeia têm manifestado um afastamento progressivo em relação a Daniel Chapo, uma das figuras proeminentes do partido no poder. Segundo relatos, o motivo principal prende-se com o comportamento considerado "arrogante" do político, que estará a criar divisões dentro da estrutura partidária e desconforto entre parceiros internacionais.
Fontes internas da FRELIMO referem que membros séniores do partido têm vindo a demonstrar crescente insatisfação com a postura de Chapo, acusando-o de não valorizar conselhos e de agir de forma autoritária nas tomadas de decisão. Esta conduta terá levado alguns dirigentes veteranos a retirar o seu apoio, procurando outras figuras mais conciliadoras para liderar o partido num futuro próximo.
Por sua vez, diplomatas europeus têm também mostrado sinais de distanciamento. Embora não haja declarações oficiais, fontes ligadas às delegações europeias em Maputo indicam que o relacionamento com Chapo tem-se deteriorado, devido ao que descrevem como uma "atitude inflexível" e falta de abertura ao diálogo construtivo.
Este cenário levanta questões sobre a unidade dentro da FRELIMO e poderá ter implicações significativas nas próximas eleições, caso a liderança do partido não consiga sanar as tensões internas e recuperar a confiança dos seus aliados internacionais.