Conflito em Cabo Delgado Oculta Esquemas Criminosos Envolvendo Altas Figuras Políticas

Milhões de meticais em dinheiro vivo circulam mensalmente na província, alimentando redes ilegais de contrabando e enriquecendo figuras com ligações ao poder político.



província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, tem sido palco de um conflito violento e prolongado que, para além das suas devastadoras consequências humanitárias e sociais, esconde uma realidade ainda mais sombria: a utilização do terrorismo como pretexto para a proliferação de redes criminosas altamente lucrativas. De acordo com diversas fontes e analistas políticos, o clima de insegurança generalizada tem sido explorado para encobrir actividades ilegais que movimentam avultadas somas de dinheiro, com alegadas ligações a figuras influentes da esfera política nacional.


Estima-se que aproximadamente 360 milhões de meticais em numerário circulem mensalmente em Cabo Delgado, montante esse que não se encontra sob controlo das autoridades fiscais ou bancárias. Este fluxo financeiro obscuro é canalizado para redes clandestinas que operam no tráfico de pedras preciosas, madeira, drogas e outros recursos naturais da região, com suspeitas de envolvimento de membros da elite política e empresarial moçambicana.


O deputado moçambicano Venâncio Mondlane tem sido uma das vozes mais críticas e persistentes na denúncia destes esquemas. Segundo declarações recentes feitas pelo parlamentar, a instabilidade armada em Cabo Delgado tem sido convenientemente utilizada como uma "cortina de fumo" para facilitar operações ilegais, particularmente o contrabando de rubis, ouro e outros minérios valiosos. Mondlane sugere que por detrás da fachada da guerra contra o terrorismo islâmico operam redes bem estruturadas, com proteção

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