ÚLTIMA HORA:Escândalo do Acordo FRELIMO–Ruanda: Filipe Nyusi Deixa a Renovação do Negócio para Daniel Chapo

Escândalo do Acordo Militar com Ruanda: Acusações de “Venda” de Cabo Delgado Ganham Força


As críticas em torno da presença militar do Ruanda em Moçambique voltam a marcar a agenda política nacional, depois de novas acusações que apontam para uma alegada “venda” de Cabo Delgado ao Presidente ruandês, Paul Kagame. O polémico acordo, iniciado durante o mandato de Filipe Nyusi, continua a gerar divisões, agora sob a liderança de Daniel Chapo.

Fontes políticas e analistas independentes consideram que a cooperação entre o Governo moçambicano e o Ruanda, que tinha como objetivo reforçar a segurança na província de Cabo Delgado, pode ter ultrapassado os limites daquilo que seria uma simples parceria estratégica. Segundo estes críticos, o envolvimento de forças estrangeiras em território nacional foi acompanhado de acordos pouco claros, alimentando suspeitas de interesses económicos ocultos, nomeadamente ligados aos vastos recursos naturais da região.

Filipe Nyusi, que no seu mandato defendeu publicamente a intervenção ruandesa como uma solução eficaz para conter a ameaça terrorista, é agora apontado como o principal responsável pelo arranque deste entendimento. Contudo, a continuidade e eventual renovação dos termos do acordo recaem sobre Daniel Chapo, que herdou o dossiê sensível logo após assumir a Presidência.

Vários sectores da sociedade civil têm exigido maior transparência, questionando os reais benefícios para Moçambique e alertando para o risco de o país perder autonomia sobre parte do seu território estratégico. “Não se trata apenas de segurança, mas sim de soberania nacional”, referem organizações locais.

Apesar das críticas, o Governo moçambicano insiste que a presença das forças ruandesas tem sido determinante na recuperação de áreas que estavam sob controlo dos insurgentes. Ainda assim, a falta de divulgação pública dos termos do acordo continua a alimentar especulações e acusações de que Cabo Delgado teria sido “negociado” em benefício de interesses externos.

O debate ganha assim uma nova dimensão política, com opositores a acusarem a FRELIMO de ter comprometido a soberania nacional em troca de alianças estratégicas, num cenário em que o futuro da província e os seus recursos continuam no centro da disputa.

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