Membro da FRELIMO defende inclusão de Venâncio Mondlane no diálogo nacional inclusivo
Um membro sénior da FRELIMO veio a público admitir que o Governo tem falhado ao não integrar Venâncio Mondlane, presidente do recém-criado partido Anamola, no processo de diálogo nacional inclusivo. Segundo o dirigente, deixar de fora uma força política emergente representa não apenas uma falha estratégica, mas também um risco para a estabilidade e coesão do país.
“O diálogo nacional só pode ser genuíno e produtivo se envolver todos os atores relevantes da sociedade e da política moçambicana. Ignorar Venâncio Mondlane e o seu movimento é, no mínimo, uma limitação grave que pode comprometer os esforços de reconciliação e de construção de unidade nacional”, afirmou o membro da FRELIMO, que apelou à direção do partido para rever a sua postura.
Na sua visão, a inclusão de Mondlane e do Anamola seria benéfica não só para dar legitimidade ao processo, mas também para demonstrar maturidade política e respeito pelo pluralismo democrático. “O país precisa de soluções abrangentes e não de exclusões que só alimentam tensões”, sublinhou.
Nos últimos meses, Venâncio Mondlane tem ganhado espaço no cenário político, mobilizando simpatizantes e apresentando propostas alternativas para enfrentar os desafios de governação. A pressão sobre a FRELIMO para abrir espaço a novas vozes no diálogo nacional tem aumentado, sobretudo perante críticas internas e externas sobre a necessidade de maior inclusão política.
A posição deste membro da FRELIMO reflete, segundo analistas, uma divisão interna no partido no poder quanto à forma de lidar com a oposição e com novas forças políticas. A defesa da inclusão de Mondlane no diálogo nacional inclusivo poderá abrir uma nova frente de debate dentro da própria FRELIMO e, eventualmente, influenciar a estratégia do Governo em relação à reconciliação nacional
