ÚLTIMA HORA:Militar Alerta Venâncio Mondlane Deveria Criar as Suas Próprias Tropas”

Militar defende criação de forças próprias para proteger projecto político de Venâncio Mondlane


Um militar moçambicano decidiu quebrar o silêncio e trazer a público uma posição considerada ousada no actual cenário político do país. Segundo o oficial, o presidente Venâncio Mondlane deveria avançar com a formação de uma força militar própria, capaz de garantir a segurança e a continuidade do seu projecto político.

O pronunciamento surge num momento de grande tensão e incerteza, em que a oposição denuncia constantes tentativas de intimidação e sabotagem. Para o militar, que preferiu não revelar a sua identidade por questões de segurança, “não basta ter um programa político estruturado e apoio popular, é preciso igualmente assegurar meios de defesa perante possíveis ataques ou ingerências externas que possam comprometer a estabilidade do projecto de Mondlane”.

A declaração levantou debate entre analistas políticos e especialistas em segurança, que consideram a proposta delicada, sobretudo num país ainda marcado por memórias de conflitos armados. Contudo, há quem veja nesta posição um reflexo da crescente preocupação de sectores ligados à defesa e à sociedade civil em relação ao clima de instabilidade que se vive em algumas províncias.

Venâncio Mondlane, que se tem destacado pela sua postura crítica em relação ao governo e pela promessa de mudanças estruturais, é apontado como uma figura central da nova configuração política. A ideia de que poderia contar com uma força própria de proteção abre espaço para discussões sobre soberania, segurança nacional e o papel das instituições militares no processo democrático.

Especialistas recordam que, embora a Constituição moçambicana não permita a existência de exércitos paralelos, a sugestão revela um sentimento crescente de desconfiança em relação à neutralidade das forças armadas e policiais do Estado. “Há uma percepção de que Mondlane não teria garantias suficientes de proteção caso avance para uma disputa eleitoral mais dura. Isso alimenta vozes que defendem alternativas próprias”, afirmou um analista ouvido pelo nosso jornal.

Apesar da polémica, o posicionamento do militar reacendeu o debate sobre a necessidade de reformas profundas no sector da defesa e segurança, de modo a que todos os actores políticos sintam-se igualmente protegidos. A questão que fica em aberto é se esta visão poderá transformar-se num movimento real ou se ficará apenas como um alerta simbólico sobre a fragilidade do sistema actual.

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