Venâncio Mondlane anuncia intenção de criar força militar própria e reforça organização partidária
Durante uma transmissão em direto nas redes sociais, o político moçambicano Venâncio Mondlane revelou que pretende formar a sua própria força militar. A declaração, feita num tom de afirmação e determinação, gerou reações diversas no meio político e na opinião pública, pelo peso e pela sensibilidade do tema num contexto nacional marcado por tensões políticas e sociais.
No mesmo discurso, Mondlane salientou que o seu partido já obteve aprovação oficial junto do Ministério da Justiça, facto que considerou um passo crucial para avançar com a sua agenda política. “O partido está legalmente reconhecido. Agora é o momento de nos organizarmos e estarmos prontos para enfrentar os desafios que vêm pela frente”, afirmou.
Fontes próximas do político indicam que a criação de uma estrutura militar própria seria, segundo Mondlane, uma medida estratégica para garantir segurança e autonomia nas ações do partido, sobretudo num cenário que ele considera hostil e desfavorável para a oposição. Contudo, a proposta levanta questões jurídicas e de segurança, uma vez que a formação de forças armadas fora do controlo estatal é proibida pela lei moçambicana.
Especialistas alertam que esta posição poderá intensificar o clima de confrontação política no país, já que introduz no debate eleitoral a dimensão militar, tradicionalmente associada a períodos de instabilidade. Por outro lado, apoiantes de Mondlane defendem que a sua intenção é puramente preventiva e visa proteger os membros e simpatizantes de eventuais intimidações.
O Ministério da Justiça e outros órgãos governamentais ainda não se pronunciaram sobre as declarações, mas analistas acreditam que o caso poderá desencadear uma investigação oficial para apurar se as palavras do político configuram ou não uma violação das leis de segurança nacional.