FRELIMO ACUSADA DE INFILTRAR MEMBROS PARA SABOTAR A REDE ANAMOLA
A Rede ANAMOLA denunciou recentemente que a FRELIMO continua a enveredar por práticas consideradas desleais e de baixo nível político. Segundo os responsáveis do movimento, o partido no poder teria infiltrado alguns dos seus membros com o objectivo de se fazerem passar por militantes da ANAMOLA, alegando falsos maus-tratos e dando entrevistas manipuladas para desacreditar a organização.
De acordo com os denunciantes, a manobra não passou despercebida e os infiltrados foram rapidamente desmascarados. “Se a FRELIMO se considera um grande partido, porque razão dedica tanta energia a sabotar diariamente uma força política emergente?”, questionam dirigentes da ANAMOLA, sublinhando que tais acções apenas demonstram fraqueza e receio perante a vontade popular.
As acusações não se limitam à infiltração. A Rede ANAMOLA recorda episódios graves que marcaram a luta política recente: assassinatos de figuras ligadas ao movimento, como Elvino, Chissale e Mano Xota; a prisão de militantes como Glória; tiroteios contra residências, incluindo a do activista Tivane; e ainda processos judiciais considerados falsos contra Venâncio Mondlane. Além disso, acrescentam que a FRELIMO tem bloqueado a legalização do partido através de “truques administrativos e expedientes baratos”.
Para a ANAMOLA, estes episódios configuram um padrão de perseguição política que mina a democracia moçambicana. “A lista de ilicitudes é longa e preocupante. É um combate desesperado contra a vontade legítima do povo”, refere o comunicado, acompanhado de anexos e provas que, segundo os dirigentes, demonstram claramente a estratégia de manipulação e sabotagem.
A polémica reforça a tensão crescente entre o partido no poder e os movimentos de oposição, levantando sérias dúvidas sobre a abertura do espaço político em Moçambique e sobre a capacidade do regime em lidar com a contestação de forma transparente e democrática.
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