ÚLTIMA HORA:PRM esclarece em Bobole: agente queimado pela população não era responsável pela morte do menor


PRM esclarece linchamento em Bobole: agente queimado não foi o autor do disparo contra menor

As autoridades da Polícia da República de Moçambique (PRM) vieram a público esclarecer os acontecimentos violentos registados este domingo em Bobole, distrito de Marracuene, onde um agente foi linchado e queimado pela população enfurecida. Segundo a corporação, o agente atacado não foi o responsável pelo disparo que tirou a vida de um menino de 12 anos, facto que desencadeou a revolta popular.

De acordo com informações confirmadas pela PRM, a multidão, tomada pela fúria e dor provocadas pela morte da criança, confundiu a identidade dos agentes, acabando por direccionar a sua ira contra um inocente. “Lamentavelmente, a população queimou o agente errado”, afirmou uma fonte oficial da polícia, garantindo que o verdadeiro autor do disparo está a ser identificado e será responsabilizado criminalmente.

O linchamento ocorreu em clima de tensão extrema, onde os moradores, sem esperar pelo esclarecimento das autoridades, recorreram à justiça pelas próprias mãos. As imagens do ocorrido geraram grande indignação nas redes sociais, expondo mais uma vez o fenómeno recorrente de linchamentos públicos em Moçambique, que muitas vezes acabam por vitimar pessoas inocentes.

A PRM lamentou profundamente a morte do menor, descrevendo o incidente como uma tragédia que não deveria ter acontecido. Contudo, a corporação condenou veementemente a retaliação popular, sublinhando que este tipo de actos fragiliza o Estado de Direito e coloca em risco a vida de cidadãos, incluindo de quem não tem qualquer ligação aos crimes em causa.

“Pedimos à população que colabore connosco, fornecendo informações e aguardando pela actuação das instituições competentes. Só assim será possível garantir que os verdadeiros culpados respondam pelos seus actos, evitando injustiças”, reforçou a mesma fonte.

O caso tem gerado grande debate público, com organizações da sociedade civil a exigir mais transparência na actuação policial, bem como campanhas de sensibilização para desencorajar práticas de justiça popular, que continuam a ganhar força em várias comunidades do país.

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