ÚLTIMA HORA:Mazula e Fátima Mimbire Expõem Fragilidades da FRELIMO Enquanto Venâncio Mondlane Denuncia “Jogo Sujo”


O clima político em Moçambique aqueceu nas últimas horas, após declarações contundentes feitas em público por Brazão Mazula, antigo presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), e pela activista social Fátima Mimbire. Ambos levantaram sérias críticas ao modo como o processo eleitoral tem sido conduzido, deixando em evidência o alegado envolvimento da FRELIMO em práticas de manipulação e controlo dos resultados.

Mazula, que desempenhou um papel central nas primeiras eleições multipartidárias em 1994, não poupou palavras ao denunciar que, actualmente, órgãos como o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), a CNE e até o Conselho Constitucional estariam a tomar decisões de forma a favorecer determinados candidatos. O académico alertou que os dados eleitorais continuam a ser manipulados e utilizados para confundir a opinião pública e consolidar narrativas convenientes ao poder.

Já Fátima Mimbire, conhecida pela sua actuação na sociedade civil e defesa da transparência, juntou a sua voz às críticas, acusando a FRELIMO de ter transformado os processos eleitorais em instrumentos de perpetuação no poder. Segundo Mimbire, o partido no governo tem usado a máquina estatal para silenciar opositores, descredibilizar vozes independentes e minar a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas.

As declarações ganham ainda mais impacto porque ocorrem num momento de forte tensão política, em que Venâncio Mondlane (VM7), figura de destaque da oposição, acusa Daniel Chapo e a FRELIMO de recorrerem a “jogo sujo” para travar o avanço da oposição. Mondlane tem reforçado que a única arma contra tais práticas é a mobilização popular e a denúncia contínua de irregularidades.

O embate de ideias entre oposição e partido no poder promete intensificar-se à medida que o país se aproxima de novos ciclos eleitorais. A polémica lançada por Mazula e Mimbire poderá servir de catalisador para aumentar a pressão sobre as instituições responsáveis pela gestão eleitoral, obrigando-as a dar respostas mais claras sobre a sua independência e credibilidade.

Num ambiente em que a confiança da sociedade nas instituições eleitorais está cada vez mais fragilizada, estas declarações são interpretadas por muitos analistas como um sinal de que a batalha política em Moçambique já não se trava apenas nas urnas, mas também no campo da opinião pública e na luta pela verdade dos factos.

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