Sete pessoas, incluindo dois supostos agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), foram detidas na localidade de Ngangue, distrito de Chókwè, província de Gaza, por posse ilegal de sete pontas de marfim, resultantes do abate de quatro elefantes na província de Maputo, mais concretamente em Magude.
A operação foi conduzida pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), em coordenação com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC). Durante a ação, as autoridades apreenderam duas armas de fogo, munições, uma viatura e vários telemóveis, reforçando a gravidade do caso e a possível ligação a redes de tráfico de fauna.
Os detidos, com idades compreendidas entre 30 e 60 anos, tinham a intenção de comercializar o marfim, mas foram intercetados antes de concretizarem qualquer transação. Um dos suspeitos negou ser agente da PRM, enquanto os restantes mantiveram silêncio sobre a sua participação.
O SERNIC confirmou que as diligências continuam em curso, com o objetivo de localizar um outro suspeito que se encontra em fuga. O caso já foi remetido ao Ministério Público, que dará seguimento aos trâmites legais, incluindo o processo judicial e possíveis acusações por crime ambiental e tráfico ilegal de espécies protegidas.
Este caso volta a alertar para a crescente ameaça ao património natural do país e para a necessidade de reforçar a fiscalização sobre o comércio ilegal de marfim, especialmente quando há indícios de envolvimento de agentes de segurança.
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