Seis Militares Nomeados Assumir Pastas-Chave no Novo Governo de Transição da Guiné-Bissau


Governo de Transição da Guiné-Bissau Inclui Seis Militares em Pastas Estratégicas

O Presidente de Transição da Guiné-Bissau, general Horta Inta-A, anunciou a composição do novo Executivo, marcado por uma forte presença militar em áreas sensíveis do Estado. O Governo agora nomeado integra 23 ministros e cinco secretários de Estado, num total de 28 membros, entre os quais seis oficiais das Forças Armadas que passam a liderar pastas de grande impacto político e social.

Segundo o decreto presidencial, os militares assumem responsabilidades no Interior, Defesa, Saúde, Ordem Pública e na pasta dos Combatentes da Liberdade da Pátria — sectores tradicionalmente considerados pilares do aparelho estatal e determinantes para a estabilidade interna. Esta escolha reforça o sinal de que o poder de transição pretende consolidar controlo directo sobre áreas associadas à segurança, ao equilíbrio institucional e à gestão das forças disciplinares.

A entrada de militares no Executivo reacende o debate interno sobre a militarização do poder político num país historicamente marcado por tensões entre actores civis e militares. Analistas locais consideram que a medida pode representar uma tentativa de fortalecer a autoridade do Presidente de Transição num contexto de instabilidade, embora também levante receios de afastamento de modelos de governação assentes em liderança civil.

O Governo, que deverá conduzir o país até novas eleições, enfrenta agora o desafio de assegurar normalidade administrativa, restaurar confiança pública e responder às exigências da comunidade internacional, que tem acompanhado com atenção a evolução política na Guiné-Bissau. A composição anunciada promete um período de decisões firmes — ainda que envolto em incógnitas quanto ao equilíbrio entre autoridade militar e gestão democrática.

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