Última Hora: Analistas Apontam Daniel Chapo Depende das Ordens de Venâncio Mondlane





Moçambique: “Partido que sustenta o Presidente oficial está em declínio” – analista

Após três meses de protestos que resultaram em mais de 300 mortos, Moçambique vive hoje uma aparente calma. Contudo, segundo Sousa Chele, diretor de um fórum que monitora as deliberações da ONU para o país, essa normalidade é ilusória. O analista critica duramente o cenário político atual e alerta para mudanças profundas no país.

Nesta sexta-feira, Venâncio Mondlane, candidato derrotado nas eleições presidenciais, apresentará as suas propostas para os primeiros 100 dias de um eventual governo, em contraste com a liderança atual de Daniel Chapo, proclamado presidente pelo Conselho Constitucional.

"Crise política sem precedentes"

Para Sousa Chele, Moçambique enfrenta uma crise política inédita. Ele questiona a legitimidade da posse de Daniel Chapo, representante da Frelimo, partido que governa o país desde a independência.

“A tomada de posse do Presidente Chapo foi a maior vergonha que já testemunhei na minha vida”, afirmou em entrevista ao jornalista Nuno Amaral, enviado especial da Antena 1.

Chele observa que o domínio da Frelimo está em declínio:

“O partido está resumido à sua sede na Sommerschield. O resto foi destruído”.

Retrocesso político e esperanças de mudança

O analista prevê um futuro sombrio sob a liderança de Chapo:

“Com ele, o país ficará estagnado, sem avanços, e retrocederemos.”

Por outro lado, vê em Venâncio Mondlane uma oportunidade para renovar o país:

“Com Mondlane, seria como um novo início, uma espécie de nova independência para Moçambique.”

A apresentação das propostas de Mondlane ocorre num momento em que muitos moçambicanos esperam uma mudança de rumo, refletindo a profundidade da insatisfação política no país.


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