Moçambique incluído na lista dos países mais perigosos para visitar em 2025, segundo o Reino Unido
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido (Foreign Office) divulgou recentemente uma lista de 54 países considerados de maior risco para turistas, destacando a necessidade de evitar essas regiões ao longo de 2025. Entre os destinos mencionados encontra-se Moçambique, ao lado de outros países africanos e territórios instáveis noutras partes do mundo.
De acordo com o relatório, alguns países foram classificados como totalmente desaconselhados para viagens, devido ao agravamento da criminalidade, instabilidade política ou ameaças terroristas. Entre estes incluem-se o Chade, Níger, Mali, República Centro-Africana e Sudão, juntamente com Moçambique, que enfrenta desafios relacionados com a violência armada, sobretudo na província de Cabo Delgado.
Além destes, outros 17 países foram considerados de risco parcial, significando que apenas algumas regiões são seguras para visita. Nesta categoria encontram-se países como a Argélia, Mauritânia, Egipto e República Democrática do Congo, entre outros.
Situação específica em Moçambique
Nos últimos meses, Moçambique tem estado em foco devido à escalada de conflitos armados e manifestações violentas, particularmente relacionados com tensões políticas e sociais. A região de Cabo Delgado, em especial, continua a ser um epicentro de instabilidade, com ataques recorrentes atribuídos a grupos armados.
Adicionalmente, o período eleitoral recente, incluindo as eleições presidenciais de Outubro de 2024, intensificou os conflitos internos, com relatos de irregularidades no processo e manifestações em várias regiões do país. Estes protestos resultaram em confrontos com as forças de segurança, levando a um aumento de vítimas e à destruição de infraestruturas.
Perspetivas e desafios
O relatório britânico sublinha que a situação atual em Moçambique representa um grande desafio para o setor do turismo e para a segurança dos visitantes. No entanto, organizações internacionais e locais estão a trabalhar para mitigar os impactos e criar condições que permitam o regresso da estabilidade e o crescimento do setor turístico.
Especialistas defendem que o reforço do diálogo entre os diferentes atores políticos e sociais é essencial para ultrapassar os desafios e criar um ambiente mais seguro, não só para os turistas, mas também para as comunidades locais.
