O governo dos Estados Unidos sancionou na Quinta-feira (20.02) dois indivĂduos e duas entidades ligados Ă “violĂȘncia e abusos dos direitos humanos” no leste da RepĂșblica DemocrĂĄtica do Congo (RDC).
A sanção do Departamento do Tesouro dos EUA nomeia James Kabarebe, ministro de Estado para a integração regional de Ruanda, Lawrence Kanyuka Kingston, porta-voz da Aliança do Rio Congo e do grupo rebelde M23.
As duas entidades incluem empresas de Kanyuka Kingston — Kingston Fresh e Kingston Holding.
A declaração disse que a ação tomada pelos Estados Unidos “sublinha a necessidade de Ruanda retornar Ă s negociaçÔes no Ăąmbito do Processo de Luanda liderado por Angola para alcançar uma resolução para o conflito no leste da RDC”.
TambĂ©m pediu aos lĂderes ruandeses que encerrassem seu apoio aos combatentes do M23 e retirassem todas as tropas da Força de Defesa de Ruanda da RDC.
“Apelamos a Ruanda para que respeite a soberania e a integridade territorial da RDC. TambĂ©m instamos os governos de Ruanda e da RDC a responsabilizar os responsĂĄveis por violaçÔes e abusos de direitos humanos”, disse a declaração.
Ruanda negou repetidamente as acusaçÔes da RDC, das NaçÔes Unidas e das potĂȘncias ocidentais de que apoia o grupo rebelde M23 fornecendo armas e enviando suas tropas. Kigali diz que estĂĄ se defendendo contra a ameaça de um grupo armado hutu com laços com os perpetradores do genocĂdio ruandĂȘs de 1994, uma alegação que a RDC rejeita.
A declaração disse que o conflito na RDC prejudica “o desenvolvimento econĂŽmico e dissuade as empresas dos EUA de investir tanto em Ruanda quanto na RDC — uma perda para a regiĂŁo e para o povo americano”.
No momento da publicação deste relatĂłrio, nem os indivĂduos sancionados nem as duas entidades comentaram sobre as sançÔes. (Reuters)