A tensão política em Gaza atingiu um novo patamar esta semana, após a sede da FRELIMO ter sido alvo de actos de vandalismo por parte da população local. De acordo com testemunhas, um grupo significativo de manifestantes dirigiu-se às instalações do partido, expressando o seu descontentamento de forma violenta e deixando claros sinais de destruição no edifício.
Os moradores locais mostraram-se firmes na sua posição, afirmando categoricamente que não desejam a presença da FRELIMO em Gaza. "Estamos cansados de promessas vazias. Não queremos mais a FRELIMO aqui", declarou um dos manifestantes, que preferiu manter o anonimato por questões de segurança.
O incidente surge num contexto de crescente frustração popular em relação ao partido, que há décadas domina a cena política em Moçambique. As críticas centram-se, sobretudo, em alegações de má governação, corrupção e negligência em relação às necessidades básicas da população, factores que têm alimentado o descontentamento e motivado protestos em várias regiões do país.
Em resposta ao ataque, representantes da FRELIMO condenaram veementemente os actos de vandalismo e apelaram à calma e ao diálogo. "Respeitamos o direito à manifestação, mas repudiamos qualquer acto de violência. Estamos disponíveis para ouvir as preocupações da população e encontrar soluções pacíficas", afirmou um porta-voz do partido.
As autoridades locais prometeram investigar o caso e reforçar a segurança na região para evitar novos confrontos. No entanto, muitos moradores continuam céticos em relação à eficácia dessas medidas e pedem mudanças estruturais que possam melhorar as condições de vida em Gaza.
Este episódio evidencia o clima de instabilidade política que se tem vindo a intensificar em Moçambique, levantando questões sobre o futuro da FRELIMO e a sua capacidade de restaurar a confiança do povo nas suas lideranças.