Ex-primeira-dama cabo-verdiana critica legado político da FRELIMO

Lígia Dias Fonseca critica governação moçambicana e acusa elite política de perpetuar a miséria no país


A advogada moçambicana e antiga primeira-dama da República de Cabo Verde, Lígia Dias Fonseca, teceu duras críticas à classe política de Moçambique, numa publicação nas redes sociais, apontando responsabilidades pelo atraso económico e social do país.


Na sua mensagem, Fonseca refere-se ao acto simbólico ocorrido recentemente no Estádio da Machava, onde a tocha da unidade foi entregue ao novo Presidente da República, Daniel Chapo, após ter passado pelas mãos dos ex-presidentes Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi.


Segundo a jurista, esta cerimónia representou “a passagem de um legado de má governação”, acusando os antigos e actuais líderes de conduzirem Moçambique para a miséria, de manterem um sistema marcado pela corrupção generalizada e de viverem no luxo enquanto a maioria da população enfrenta pobreza extrema.


“A justiça tornou-se um privilégio de quem possui influência política ou recursos financeiros, e o acesso à saúde depende de se poder pagar por serviços privados ou viajar ao estrangeiro”, destacou, acrescentando que o analfabetismo continua a prevalecer e o desenvolvimento prometido há décadas nunca foi cumprido.


Lígia Fonseca apelou ainda a Daniel Chapo que peça desculpas ao povo moçambicano pelos 50 anos de governação da FRELIMO, partido no poder desde a independência.


Para concluir, deixou uma frase impactante sobre o símbolo da tocha:

Essa chama não representa esperança, mas sim opressão, incompetência e corrupção. Não é luz – é o fogo que destrói os sonhos da juventude moçambicana.”

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