Albino Manguene denuncia perseguição política e ameaça de agressão
O comentador político Albino Manguene fez ontem, através de uma transmissão em directo nas redes sociais, uma grave denúncia contra o regime da Frelimo. De acordo com o analista, a sua liberdade e integridade física estão sob ameaça, alegadamente por ordens vindas de estruturas ligadas ao partido no poder.
Durante a live, Manguene relatou que terá sido recentemente abordado por um agente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), que lhe terá confessado ter recebido instruções para o agredir à saída de um programa de debate político. A revelação provocou forte indignação entre os seus seguidores, que imediatamente manifestaram preocupação com a escalada de intimidação contra vozes críticas ao Governo.
Segundo Manguene, esta tentativa de silenciamento pode estar relacionada com a exposição de alegados escândalos envolvendo figuras de destaque da Frelimo, bem como com movimentações políticas que indiciam uma campanha eleitoral antecipada. "Será que descobriram mais um escândalo dentro da Frelimo e estão a tentar calar quem denuncia?", questionou em tom desafiante.
Analistas políticos ouvidos pela imprensa sublinham que, caso esta acusação se confirme, trata-se de uma grave violação dos direitos humanos e de um atentado à liberdade de expressão. Nos últimos meses, têm-se multiplicado queixas de perseguições e ameaças contra jornalistas, activistas e comentadores independentes que questionam a governação do país.
Até ao momento, nem a Frelimo nem o SERNIC reagiram publicamente a estas denúncias. A ausência de uma posição oficial deixa em aberto várias interrogações e aumenta a pressão para que as autoridades se pronunciem sobre o caso.
A comunidade política e civil segue atenta, temendo que este episódio possa marcar um agravamento do ambiente democrático e da convivência política em Moçambique.