Luís Mucave Acusa: “A FRELIMO Não Vai Sair do Poder Porque Compra Votos”
Maputo – Luís Mucave Jr., membro do partido FRELIMO, fez declarações explosivas que expõem alegadas práticas de corrupção eleitoral dentro da formação política que governa Moçambique há quase cinco décadas. Segundo Mucave, a razão pela qual a FRELIMO se mantém no poder reside na manipulação sistemática dos processos eleitorais — tanto internos como nacionais.
“A FRELIMO não vai sair do poder porque compra votos, sim. Este é um facto que já não pode ser ignorado”, declarou Mucave de forma contundente. “A democracia dentro do partido é uma ilusão. Os processos estão manchados por corrupção, tráfico de influências e aliciamento dos delegados com dinheiro e favores políticos.”
Como exemplo das irregularidades, o dirigente partidário aponta a recente eleição de Daniel Chapo como candidato da FRELIMO à presidência da República. “O que se passou com a escolha de Chapo é o reflexo de um sistema viciado. Os votos não foram conquistados com mérito ou visão política, mas sim comprados com malas de dinheiro e promessas de cargos.”
As afirmações de Mucave colocam em xeque a legitimidade do partido no poder e revelam uma crescente fractura interna, à medida que algumas vozes dentro da própria FRELIMO começam a denunciar o que classificam como “regime de perpetuação autoritária disfarçada de democracia”
Apesar da gravidade das denúncias, a direção da FRELIMO permanece em silêncio. Nenhum porta-voz do partido se pronunciou oficialmente sobre as acusações de compra de votos e corrupção eleitoral.
Estas declarações aumentam a pressão sobre as instituições moçambicanas, incluindo a Comissão Nacional de Eleições (CNE), que já enfrentam críticas pela sua alegada parcialidade e falta de transparência.
