ÚLTIMA HORA:“Governo Confirma Cortes: FMI Obriga Funcionários Públicos a Pagar o Preço da Crise”

Governo Assume Cortes nos Subsídios: FMI Pressiona e Povo Revolta-se Contra Crise Herdada



O porta-voz do Governo anunciou que os funcionários do Estado irão enfrentar cortes nos subsídios, numa medida que já está a gerar fortes críticas dentro e fora da Administração Pública. Esta decisão surge num momento em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reforça a sua pressão sobre Moçambique, exigindo reformas fiscais profundas e dolorosas como condição para o desembolso de novos apoios financeiros.

Segundo a posição oficial, o Executivo considera inevitável reduzir a despesa pública para equilibrar as contas do Estado e responder às exigências internacionais. No entanto, a medida tem sido descrita por sindicatos e organizações da sociedade civil como um “ataque directo” ao rendimento das famílias, sobretudo num contexto de inflação elevada e de dificuldades crescentes para garantir bens de primeira necessidade.

Analistas económicos lembram que esta crise não surgiu de forma repentina. O país carrega ainda os efeitos de compromissos obscuros herdados de anteriores governações, que envolveram endividamento descontrolado, dívidas ocultas e contratos de investimento de legalidade questionável. Esses erros estruturais, associados à corrupção sistémica, acabaram por limitar a margem de manobra do actual Executivo, agora encurralado entre as exigências do FMI e a revolta popular.

Em diversas províncias, cresce o descontentamento entre professores, profissionais de saúde e outros sectores da função pública, que consideram os cortes “injustos” e “insuportáveis”. Há também receios de que estas medidas agravem as desigualdades sociais e provoquem novas ondas de instabilidade política e manifestações nas ruas.

Fontes internas revelam que, mesmo dentro do Governo, existem divisões sobre até onde deve ir a cedência às exigências do FMI. Para alguns, o corte de subsídios é inevitável; para outros, a decisão poderá fragilizar ainda mais a popularidade do Presidente Daniel Chapo e abrir espaço para maior contestação social.

O dilema, portanto, é evidente: seguir as imposições externas, com risco de explosão social, ou resistir às reformas e enfrentar o isolamento internacional. Seja qual for a escolha, uma coisa é certa: o povo moçambicano é quem mais sofrerá os efeitos desta crise herdada e prolongada.

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