Venâncio Mondlane promete derrubar o “sistema colonialista” através da lei e não das armas
O líder da oposição e figura política moçambicana, Venâncio Mondlane, voltou a reiterar a sua posição firme de combate ao que classifica como “sistema colonialista” enraizado nas estruturas de governação do país. Numa declaração carregada de simbolismo e determinação, Mondlane afirmou que a sua luta não passará pela via armada, mas sim pela utilização das próprias leis do Estado como instrumento de resistência e transformação.
Segundo o político, o caminho para derrubar a corrupção e pôr fim às práticas abusivas das elites não passa pela violência, mas pela aplicação rigorosa da lei. “Não precisamos de armas para derrubar os corruptos. O que precisamos é da lei, e é essa que vou usar até ao fim, mesmo que isso me custe a última gota de sangue”, assegurou Mondlane, sublinhando que a sua estratégia é inédita e nunca antes vista no contexto político internacional.
Para o opositor, a verdadeira revolução acontece dentro do próprio sistema, utilizando as regras do jogo contra aqueles que, em sua opinião, manipulam e exploram o povo. Mondlane acredita que, ao seguir este caminho, os próprios corruptos acabarão por se voltar uns contra os outros, provocando uma autodestruição do sistema vigente.
Apesar da dureza das suas palavras, o político fez questão de descartar qualquer possibilidade de golpe de Estado, reforçando que a sua luta será exclusivamente legal, pacífica e baseada no respeito pela Constituição. “Não espero nem defendo que se faça um golpe de Estado. A minha luta é pela legalidade e pela justiça”, enfatizou.
As declarações de Venâncio Mondlane surgem num momento de crescente contestação ao governo e à sua gestão política, económica e social. Para muitos dos seus apoiantes, a sua posição é vista como um sinal de esperança e de coragem, enquanto os seus críticos consideram as afirmações excessivamente idealistas, num país onde as instituições do Estado têm sido frequentemente acusadas de fragilidade e falta de independência.
Ainda assim, Mondlane insiste que a mudança é possível e que a história o provará. “Vou usar a lei mãe para proteger o povo e derrubar o sistema corrupto. A luta será longa, mas a vitória será inevitável”, concluiu.