Escândalo Eleitoral: Alberto Manhique Denuncia Conluio Entre Governo e Oposição para Desviar 92 Milhões de Meticais
Um áudio revelado pelo político Alberto Manhique está a provocar ondas de choque no panorama político moçambicano. O registo sonoro, cuja autenticidade ainda não foi oficialmente confirmada, expõe um alegado sistema de manipulação financeira durante as eleições, envolvendo não apenas o partido no poder, mas também figuras da oposição.
De acordo com Manhique, em causa estarão cerca de 92 milhões de meticais que deveriam ter sido utilizados em operações ligadas à organização do escrutínio, mas que terão sido desviados através de esquemas fraudulentos. “Este dinheiro não desapareceu sozinho, houve cumplicidade. Estamos perante um roubo orquestrado contra o povo moçambicano”, acusou o político em conferência de imprensa.
Um pacto secreto entre rivais políticos
O áudio denuncia um acordo silencioso entre forças rivais, que alegadamente deixaram de lado as divergências para se concentrarem na apropriação ilícita de fundos públicos. Fontes ligadas ao processo eleitoral, que preferiram manter o anonimato, confirmaram que “há indícios claros de movimentos financeiros irregulares” e que alguns nomes citados no áudio são figuras bem conhecidas da arena política.
“Quando governo e oposição se unem, não para resolver os problemas do povo, mas para o roubar, estamos perante a morte da democracia”, afirmou um membro da sociedade civil ouvido pelo nosso jornal, acrescentando que este escândalo “explica em parte porque tantos cidadãos já não acreditam nas urnas”.
Reações e silêncio oficial
Até ao momento, nenhuma reação oficial foi registada por parte das entidades governamentais ou das direções dos partidos da oposição. Este silêncio é visto por muitos como preocupante e indicativo de que o caso poderá ter fundamentos sólidos.
Entretanto, organizações da sociedade civil e movimentos juvenis já exigem esclarecimentos urgentes. “Se for verdade, é o maior escândalo eleitoral da nossa história recente. Não podemos continuar a ser reféns de uma classe política que apenas pensa em enriquecer às custas da miséria do povo”, declarou um ativista estudantil em Maputo.
Impacto político e credibilidade democrática
Analistas políticos alertam que, caso se confirme a veracidade das informações, este episódio poderá destruir a pouca confiança que ainda resta no sistema eleitoral. “A democracia moçambicana já está fragilizada, e um escândalo desta magnitude pode abrir espaço para maior instabilidade social”, explicou o cientista político Armando Sitoe.
O dossiê promete marcar a agenda política nas próximas semanas, com a pressão crescente para que as autoridades competentes investiguem o caso e apresentem respostas claras à população.
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