Venâncio Mondlane acusa União Europeia de falsidade e Governo de Daniel Chapo de sequestrar a democracia em Moçambique

Venâncio Mondlane acusa União Europeia de hipocrisia e denuncia governo moçambicano como “sequestrador do povo”

O político da oposição, Venâncio Mondlane, lançou duras críticas contra a União Europeia (UE) e contra o governo de Daniel Chapo, acusando ambos de conluio no sufocamento da democracia em Moçambique. Em declarações fortes, Mondlane não poupou palavras ao afirmar que “o embaixador da União é um falso, um irónico”, sublinhando que nenhum país europeu pode, com seriedade, apoiar um executivo acusado de marginalizar a oposição e de “sequestrar a liberdade dos cidadãos”.

Segundo Mondlane, a atitude da União Europeia em Maputo tem-se revelado hipócrita, mascarada por discursos diplomáticos que, na prática, apenas legitimam um governo contestado. “Nenhum país europeu está de acordo com a marginalização da oposição, mas aqui a União finge não ver e ainda dá palmadinhas nas costas de um regime autoritário”, disparou.

As críticas surgem num contexto de crescente frustração popular, em que jovens, trabalhadores e comunidades rurais sentem que a democracia foi transformada num palco de manipulação política. Enquanto isso, a comunidade internacional, especialmente a União Europeia, é acusada de colocar os seus interesses económicos acima da defesa dos direitos humanos e da transparência.

Para os críticos, a União Europeia age com ironia: condena violações democráticas em outros países africanos, mas em Moçambique mantém uma postura passiva, garantindo acordos comerciais e investimentos enquanto o povo é mantido refém da corrupção, das dívidas ocultas e da repressão política.

Mondlane reforçou que Daniel Chapo lidera um governo sem legitimidade moral, que não representa os moçambicanos mas sim os privilégios de uma elite ligada ao partido no poder. “O que temos não é um Estado democrático, mas um Estado sequestrado por interesses privados, onde o povo é apenas usado como massa de manobra eleitoral”, afirmou.

A denúncia do líder opositor levanta questões sérias: até quando a União Europeia continuará a encobrir um governo acusado de silenciar vozes críticas, manipular eleições e explorar os recursos do país sem benefício para o povo? E até que ponto os moçambicanos aceitarão permanecer sob o peso de uma governação que, segundo Mondlane, os trata como prisioneiros na sua própria pátria?

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