ÚLTIMA HORA:Escândalo na PRM: Agente acusado de distribuir fardas oficiais a amigos para praticarem assaltos na via pública


Um caso insólito e alarmante está a agitar a opinião pública e a levantar sérias questões sobre a integridade dentro das forças de segurança moçambicanas. Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), identificado como membro sénior e portador de um cartão da FRELIMO, é acusado de ter distribuído uniformes policiais a civis, alegadamente seus amigos, para cometerem assaltos na via pública.

Fontes próximas ao caso relatam que o agente utilizava o prestígio do seu cargo e a ligação partidária para agir com aparente impunidade. Os supostos cúmplices, vestidos com o uniforme oficial da PRM, abordavam cidadãos e veículos em várias zonas da cidade, simulando operações policiais legítimas. No entanto, em vez de garantir a segurança, aproveitavam-se da aparência de autoridade para roubar bens pessoais, dinheiro e telemóveis das vítimas.

O incidente, que está agora sob investigação, expõe uma preocupante crise de valores dentro da corporação e reacende o debate sobre a necessidade de reformas profundas na PRM. Analistas de segurança e organizações da sociedade civil alertam que o caso pode não ser isolado, destacando que a pobreza e a falta de controlo interno têm contribuído para práticas desviantes entre alguns agentes.

“Não podemos continuar a fingir que é apenas ‘fome’ ou dificuldades económicas. Quando um agente usa o uniforme do Estado para facilitar crimes, estamos perante um problema estrutural e ético grave”, declarou um comentador político, exigindo medidas exemplares para restaurar a confiança pública na polícia.

Até ao momento, a PRM não divulgou uma posição oficial detalhada, mas fontes internas admitem que o caso está a ser tratado com “máxima prioridade”. Se confirmadas as acusações, o agente poderá enfrentar processos disciplinares severos, além de responder criminalmente por abuso de autoridade, facilitação de roubo e associação criminosa.

Este episódio levanta uma questão inquietante que ecoa entre os cidadãos: será que a “fome” e a falta de condições justificam o colapso moral dentro das fileiras da corporação, ou estamos perante um sistema que precisa urgentemente de ser reestruturado?

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