Burkina Faso obriga aeronave nigeriana a aterrar e Aliança do Sahel endurece posição sob liderança de Ibrahim Traoré
Uma aeronave militar da Força Aérea da Nigéria foi obrigada a aterrar, esta segunda-feira, em Bobo-Dioulasso, no Burkina Faso, depois de ter sido intercetada pelas autoridades locais enquanto sobrevoava o espaço aéreo do país sem qualquer autorização. A bordo seguiam dois tripulantes e nove passageiros, todos militares nigerianos.
O Governo burquinense, liderado por Ibrahim Traoré, confirmou que a incursão aérea violou as normas estabelecidas e comunicou o caso à Confederação da Aliança dos Estados do Sahel (AES), bloco que integra Burkina Faso, Mali e Níger. A organização reagiu de imediato, classificando o sobrevoo como uma “violação grave” da soberania e um ato que compromete a segurança regional.
Na sequência do incidente, a AES anunciou que os Chefes de Estado ordenaram o reforço do estado de alerta em todos os países-membros. As forças militares receberam instruções para agir sem hesitação: qualquer aeronave que entre no espaço aéreo da Confederação sem autorização poderá ser neutralizada.
A decisão marca um endurecimento claro da postura da Aliança, que procura consolidar a sua autoridade num momento de tensão crescente no Sahel. Traoré e os restantes líderes apostam numa resposta militar firme para evitar novos incidentes e afirmar o controlo sobre as fronteiras aéreas — um aviso directo a países vizinhos e parceiros internacionais.