ÚLTIMA HORA:Governo Ameaça Expulsar Todos os Professores Envolvidos em Manifestação em Milange por boicote

Governo da Zambézia Adverte com Medidas Duras Contra Professores em Greve no Distrito de Milange


Fontes ligadas ao sector da educação indicam que o Governo provincial da Zambézia está a adoptar uma postura de linha dura perante a paralisação dos professores em Milange, que se recusam a proceder ao controlo dos exames da 9.ª classe. Os docentes justificam a greve com o não pagamento das bonificações referentes às Horas Extras (HE) e ao Segundo Turno (2T), compromissos que, segundo afirmam, estão em atraso há vários meses.

A situação começou a ganhar dimensão na semana passada, quando vários estabelecimentos de ensino do distrito reportaram a ausência dos professores responsáveis pela vigilância e organização das provas. O Governo provincial, ao tomar conhecimento da ocorrência, classificou a acção como uma violação grave das normas que regem a função pública e advertiu que não irá tolerar actos que “prejudicam o normal funcionamento do sistema educativo e colocam em risco o calendário escolar”.

De acordo com informações recolhidas, as autoridades provinciais enviaram uma equipa ao local para “restabelecer a ordem” e identificar todos os docentes que aderiram à paralisação. As mesmas fontes avançam que está em cima da mesa a possibilidade de expulsão dos professores considerados promotores ou participantes directos da greve, uma medida que está a gerar preocupação e tensão no seio da classe docente.

Apesar da posição firme, o Governo ainda não apresentou um plano claro para a resolução das reivindicações salariais dos professores, limitando-se a afirmar que o assunto está a ser analisado a nível central. Entretanto, pais e encarregados de educação temem que o impasse comprometa o processo de avaliação e o desempenho dos alunos da 9.ª classe.

A crise em Milange expõe, mais uma vez, a frágil relação entre o Estado e os profissionais da educação, num contexto marcado por atrasos sistemáticos de pagamentos, falta de incentivos e condições de trabalho cada vez mais contestadas. A tensão promete prolongar-se se não houver uma intervenção rápida e soluções concretas.

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