O Parlamento português agendou para o próximo dia 25 de fevereiro a audição do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, para debater a crise política em Moçambique. O pedido foi feito pelo partido Chega, que solicitou caráter de urgência na discussão sobre os desdobramentos das eleições gerais realizadas em outubro de 2024. O processo eleitoral tem gerado protestos massivos, com registros de mais de 300 mortes.
A bancada do Chega, liderada por André Ventura, criticou duramente a postura do Governo português diante da situação em Moçambique. Para o partido, a posição adotada "tem contribuído para a insegurança", afetando diretamente a comunidade portuguesa residente no país.
Segundo o Chega, Paulo Rangel, que esteve presente na cerimônia de posse de Daniel Chapo como Presidente de Moçambique, "perdeu as condições necessárias para liderar o processo diplomático envolvendo o país africano". A decisão sobre o futuro do ministro deverá ser analisada pelo Parlamento, que exerce a função de fiscalização sobre as ações do Governo.
