ÚLTIMA HORA:CIP e Advogados de Direitos Humanos pressionam Governo a adotar voto eletrónico para travar fraude, protestos e mortes em futuras eleições

CIP e advogados de direitos humanos defendem introdução do voto eletrónico em Moçambique

A Confederação das Organizações da Sociedade Civil para a Transparência Eleitoral (CIP), em conjunto com um grupo de advogados ligados à defesa dos direitos humanos, anunciou a intenção de apresentar formalmente ao Governo moçambicano um pedido para a implementação do sistema de votação eletrónica nas próximas eleições gerais.

De acordo com estas organizações, a proposta surge como resposta direta às tensões políticas e sociais que têm marcado os processos eleitorais no país, frequentemente associados a denúncias de irregularidades, protestos violentos e até perda de vidas humanas. O objetivo central é assegurar que os cidadãos possam exercer o seu direito de voto com maior segurança, transparência e confiança no resultado final.

Segundo o porta-voz da CIP, a adoção da votação eletrónica poderia representar um avanço significativo para a democracia moçambicana, permitindo reduzir a margem de manipulação dos resultados e facilitando o processo de contagem dos votos. “Queremos evitar que se repitam cenários de contestação e derramamento de sangue, que infelizmente têm acompanhado eleições anteriores. A tecnologia deve estar ao serviço da verdade eleitoral e da paz social”, sublinhou.

Os advogados de direitos humanos reforçam a mesma posição, alertando que a manutenção do sistema atual pode continuar a gerar instabilidade e desconfiança generalizada entre os eleitores. Para estes profissionais, a modernização do processo eleitoral é também uma forma de garantir maior legitimidade às instituições políticas e de preservar a vida dos cidadãos.

O pedido será submetido ao Executivo ainda este mês e deverá abrir espaço para um debate nacional sobre os benefícios, os custos e os desafios da introdução da votação eletrónica em Moçambique. Especialistas em tecnologias de informação, académicos e organizações da sociedade civil deverão ser chamados a pronunciar-se sobre a viabilidade da proposta.

Caso seja aceite, a medida poderá marcar um ponto de viragem na história eleitoral do país, transformando a forma como os moçambicanos elegem os seus representantes e reforçando a credibilidade da democracia nacional.

Postagem Anterior Próxima Postagem

نموذج الاتصال