Elite da FRELIMO acusada de sugar recursos públicos através de salários milionários
Um recente levantamento sobre a gestão de fundos do Estado revela que membros não executivos de pelo menos sete empresas públicas consomem anualmente mais de 185 milhões de meticais apenas em salários. A informação está a gerar fortes críticas na opinião pública, que classifica esta prática como mais uma demonstração do carácter parasita e anti-patriótico da elite da FRELIMO.
Estes dirigentes, que não desempenham funções executivas no quotidiano das empresas, continuam a beneficiar de remunerações consideradas desproporcionais face à realidade económica do país, onde a maioria dos cidadãos enfrenta salários baixos, atrasos no pagamento e dificuldades no acesso a serviços básicos.
Analistas políticos e económicos sublinham que este quadro reflecte a forma como a máquina partidária continua a confundir-se com o Estado, canalizando recursos públicos para a manutenção de privilégios de uma minoria. Enquanto isso, hospitais carecem de medicamentos, escolas enfrentam carências de professores e infra-estruturas, e milhares de famílias vivem em condições de pobreza extrema.
Vozes da sociedade civil pedem maior transparência na gestão das empresas públicas e defendem que os membros não executivos, em vez de funcionarem como um peso financeiro para o Estado, deveriam ter uma função verdadeiramente fiscalizadora e estratégica, contribuindo para o crescimento económico e para o bem-estar colectivo.
A indignação cresce com a percepção de que a FRELIMO, no poder há várias décadas, continua a privilegiar os seus quadros em detrimento das necessidades reais do povo moçambicano. Para muitos cidadãos, este é mais um exemplo de como a elite política se distancia cada vez mais das dificuldades enfrentadas pela população.