Na madrugada desta quarta-feira, por volta das 5 horas, a tranquilidade de Matola Gare foi abalada por mais um episódio violento com contornos de caso policial grave. Fontes locais relatam que a ação estaria ligada a uma alegada tentativa de “queima de arquivos” que, desta vez, não correu como planeado.
O alvo principal era um cidadão conhecido pelo nome de “Pacule”, identificado como residente na zona da 7ª Esquadra. Segundo testemunhas, indivíduos armados emboscaram a viatura em que seguia, disparando vários tiros com o objetivo de eliminar a vítima. Apesar da intensidade do ataque, “Pacule” sobreviveu e foi rapidamente evacuado para uma unidade hospitalar, onde permanece sob cuidados médicos.
Contudo, a violência do incidente não poupou inocentes. Uma criança, que se dirigia à escola naquele momento, acabou por ser atingida e perdeu a vida, gerando comoção entre vizinhos e familiares. A tragédia reacendeu o debate em torno da insegurança urbana e da facilidade com que grupos armados continuam a agir em plena via pública, sem aparente receio da intervenção das autoridades.
Moradores de Matola Gare descrevem o momento como de grande pânico. “Foram vários disparos, parecia uma guerra. A criança só queria ir à escola e acabou por morrer por causa de gente que anda a acertar contas pelas ruas”, lamentou uma testemunha, visivelmente abalada.
As autoridades policiais confirmaram a ocorrência e avançam com investigações para apurar a motivação do ataque, não descartando a hipótese de se tratar de um ajuste de contas ou tentativa de silenciamento de alguém que deteria informações sensíveis. O episódio, entretanto, deixou a população em choque e reforça as críticas à fraca capacidade de prevenção da criminalidade na região.
O caso de Matola Gare soma-se a outros episódios recentes de violência armada no país, alimentando suspeitas de redes criminosas organizadas com fortes ligações a estruturas ocultas. Para já, a polícia garante que diligências estão em curso, mas moradores exigem mais do que promessas: querem segurança real e respostas concretas para travar esta escalada de violência.