Presidente Daniel Chapo endurece o tom e promete responsabilizar agentes envolvidos em corrupção
O Presidente da República, Daniel Chapo, lançou um aviso contundente dirigido às forças de segurança destacadas para os postos fronteiriços, afirmando que “cabeças vão rolar” sempre que forem identificados casos de corrupção ou práticas que comprometam o serviço público.
As declarações surgem na sequência de denúncias sobre alegados esquemas dentro da Polícia de Fronteira, onde alguns agentes estariam a exercer pressão para serem destacados para Ressano Garcia — fronteira com maior movimento e, historicamente, mais exposta a práticas corruptas — evitando locais como Chicualacuala ou outras zonas consideradas menos “rentáveis” para actividades ilícitas.
Daniel Chapo deixou claro que a sua liderança não vai tolerar comportamentos que descredibilizem o Estado, sublinhando que qualquer agente que manipule afectações, procure vantagens ilegítimas ou condicione o sistema para benefício próprio enfrentará consequências imediatas. Segundo o Chefe de Estado, o serviço público deve ser pautado por integridade, disciplina e transparência, e quem se afastar desses princípios “termina ali a sua missão”.
O Governo tem vindo a reforçar o discurso anticorrupção, mas Chapo elevou agora a pressão sobre os sectores mais vulneráveis do aparelho estatal, especialmente aqueles tradicionalmente associados a esquemas de facilitação, subornos e extorsão. O Presidente garante que serão tomadas medidas administrativas e criminais sempre que se comprovar desvio de conduta.
O aviso lança um sinal inequívoco para toda a estrutura policial: o ciclo de impunidade não será mantido. O ambiente político em Maputo indica que mais mudanças poderão surgir, à medida que o Executivo tenta reforçar a confiança pública nas instituições.